domingo, 29 de abril de 2012

Amigos, aqui está postado um novo texto redigido por mim. Foi para publicação no Jornal do Bairro de Paranavaí. Aproveitem a leitura.



Os acidentes de trânsito e a mobilização Nacional

De tempos em tempos, vemos que os brasileiros se emocionam e se mobilizam em torno de um fato. Quando um grande ídolo falece, todos choram e reconhecem quão importante aquele personagem era para o país. Quando acontece um desastre natural, muitos ajudam, tanto financeiramente quanto com serviços. Exemplos são as mobilizações nacionais frentes aos desastres naturais do estado do Rio de Janeiro, Santa Catarina, entre outros. No caso dos acidentes de trânsito, isto não poderia ser diferente.

De repente, um acidente ocorre com uma pessoa conhecida, algum artista, esportista famoso, e o Brasil inteiro fixa os olhos na televisão, a cobertura das redes de TV são imensas. Para-se o trânsito para o acidentado passar. Aviões, helicópteros, equipes médicas são mobilizadas em torno de uma pessoa. Nestes dias, o caso do filho de um cantor famoso preenche a programação de redes de televisão. Entrevistas e canções aparecem de hora em hora. Aí pergunta-se: Isto está errado?

A resposta é: NÃO! Aquela pessoa que recebe todo este tratamento merece tudo o que está sendo feito para ela. O problema é que é feito só pra ela. Quantas pessoas ficam horas e horas nos corredores dos hospitais? Quantas pessoas aguardam dias e semanas para um atendimento digno? E não precisa de avião nem helicóptero. Não precisa de equipe de TV, de repórter, muito menos de cobertura em tempo integral. O sofrimento da família já é suficiente. Não precisa mais.

E tem mais: Por quê não se preocupar com a vida antes da ocorrência do acidente? Por quê não usar cinto de segurança? Falta de conhecimento? Com certeza, não. Acreditamos que não exista uma pessoa neste país que não saiba da efetividade do cinto de segurança para o ocupante do veículo. Existe também unanimidade em relação as conseqüências do cansaço na direção de um automóvel. Todos nós sabemos que dirigir cansado e esgotado, a noite inteira, cochilando, é pedir para sair da pista. Algumas vezes, é possível acordar antes que ocorra a colisão. Outras, não.

Assim, continuamos a acreditar que TODOS têm o direito de se recuperar, de se reabilitar. Torcemos profundamente para que aquele e outros acidentados melhorem e voltem para suas vidas de antes. Mas do que adianta tudo isso? Será que adianta o acidentado falar as seguintes frases? “Nunca mais vou andar nesta velocidade . . .  Nunca mais vou conduzir sem cinto de segurança  . . . Vou me cuidar . . .” Adianta depois do acidente ocorrer? Portanto, este texto terminará com estas três perguntas. Não precisa responder agora. Lembre quando você tiver na frente de um volante:

1.       Adianta se arrepender depois do acidente?

2.       Você vai esperar ocorrer contigo para depois se arrepender?

3.       Será que será possível se arrepender?

Um comentário:

  1. Uauuuuu...q texto profundo, justo; relatou muitas das minhas opiniões (e tenho certeza que a de outros inúmeros brasileiros)...achei o conteúdo, claro, objetivo e um excelente instrumento para a prevenção de inúmeras negligências e irresponsabilidades que ocorrem no transito, por isso, irei ajudar a divulgá-lo.
    Parabéns Prof°!

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